e
não por falta do teu pau eu a tenho:
por
presença de amor.
Ainda
que eu fosse dona de casa, machista,
primeiramente
seria porque sim;
seria
por efeito dos trabalhos que exerço;
propriedade
minha
como
o corpo que tatuo,
como
as calças que costuro,
como
a cabeça que raspo,
como
o aborto que sugiro.
Passou
o tempo, machista,
de
teu estupro doer mais que o gozar de meus direitos.
Tu
queres ter vislumbre do retrato que te afronta?
Olha
à volta! Sou o povo
em
preto e branco e colorido
que
dentro de um mesmo eu
é
homo, pluri, é inter, pan,
é
mulher, trans, é homem, sapiens;
filho
da puta mãe gentil que acolhe mesmo sem parir.
Guarda
o que eu falo, São Machista:
vem
com ódio e faço amor sem cartilha ou divisão,
sem
calcinha, com a mão
e
a certeza de gritar ao mundo inteiro “hoje eu venci”.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?