Muito mais poetas os que mentem.
Sei que são e tão como os que vivem,
pois apalpo a carne que eles sentem.
Devem ser poetas os que querem.
Muito mais poetas os que forem.
E se rasgam o papel como se ferem,
perco as contas das linhas que entristecem.
Devem ser os poetas como enchentes,
encharcados de dor mais do que cabem;
e se ousam do amor mais do que sentem,
é o amor, por mentir, mais do que calem.
De Bruno Muniz,
quem releio.
(http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5434410)
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?