12 de ago. de 2016

Seres reles

Garoto-problema,
brinca no meu peito, eu admito
 passa a mão nos pelos, leva punhado
com coração.
Tira-me paz;
preciso mesmo de olheira.
(Sei que me dirão o te avisei.)
Deita comigo por lazer só.
Melhor me usar a crédito:
compro drama;
a vida anda comédia slow motion.
Assim te cato em valas
e te castro aos santos,
faço-te casto às putas
por seres meu,
eu ser teu,
pois te tenho
por me teres
como os reles seres
não alforriados do esclavagismo.
Inda que eu me enterre em mais cavernas
ou mergulhe de mais torre ismaliana,
restou senão sonhar-te; (usu)fruir o quê?
Garoto, meu problema...
bem que me disseram o te avisei.


Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?