27 de mai. de 2013

Dois Pedros

Do acaso, o querer.
Por perto estar, o bem-querer.
Entre dois Pedros
pode, sim, surgir jacinto.
Eis que me entrego e,
de fato, caio de amor
e o marco
com um beijo bento
sob o sol
 o mesmo sol que cantam passarinhos
sobre mim.
O pecado é pago a pedras
certeiras no coração.
Ele morre.
Sobrevivo.
O que era fausto, hoje me é bruno.
Meu resto definha
e então, só, compreendo:
não há defeito;
não provém falha do amor que honra o nome.
Tampouco o beijo augusto de dois
homens
sob o sol
é doentio.
Errado é quem pedra se faz
para partir o cândido espelho
do franco amor de dois
homens
sob o sol.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?