sou
todos.
A
terra é o meu corpo.
A
água é o meu sangue.
O
ar, o meu suspiro.
O
fogo é a essência que faz
meu
espírito prosseguir vivo.
Dos
filhos da Terra
somos
todos.
E
nessa caldeira de forças vitais
permaneceremos
unidos
porque
folha não cai sem propósito,
onda
não aporta sem motivo,
rebento
não vem sem um querer.
Divinos
nós
somos.
Pois
somos feitos de um mesmo porquê.
O
fruto que outrora enfeitava videira
hoje
é fermento de cria faminta,
que
ao chão deposita a ciente semente
que
outra hora será boa nova vida.
Era
uma vez um pescador.
Ele
acordou e deu bom dia ao Sol.
Inflou
seus pulmões com vento
(que
içou suas velas) e foi ter no rio
— o mesmo rio antes congelado,
que
pelo Sol foi liberto
e
ao pescador deu sustento.
Cabe-nos,
pois, ser tal ciclo
e
cultivar o moinho
que
é grande Mãe Terra em vida.
Assim,
gire e molde também,
pois
tudo se pode fazer
desde
que se faça o bem
para
que todos se amem.
Mergulhão