29 de jul. de 2013

Roda-viva

Dos fundamentos de Gaia
sou todos.
A terra é o meu corpo.
A água é o meu sangue.
O ar, o meu suspiro.
O fogo é a essência que faz
meu espírito prosseguir vivo.

Dos filhos da Terra
somos todos.
E nessa caldeira de forças vitais
permaneceremos unidos
porque folha não cai sem propósito,
onda não aporta sem motivo,
rebento não vem sem um querer.

Divinos
nós somos.
Pois somos feitos de um mesmo porquê.
O fruto que outrora enfeitava videira
hoje é fermento de cria faminta,
que ao chão deposita a ciente semente
que outra hora será boa nova vida.

Era uma vez um pescador.
Ele acordou e deu bom dia ao Sol.
Inflou seus pulmões com vento
(que içou suas velas) e foi ter no rio
 o mesmo rio antes congelado,
que pelo Sol foi liberto
e ao pescador deu sustento.

Cabe-nos, pois, ser tal ciclo
e cultivar o moinho
que é grande Mãe Terra em vida.
Assim, gire e molde também,
pois tudo se pode fazer
desde que se faça o bem
para que todos se amem.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?