19 de out. de 2014

Barda, torpe trova

ímpar arte de se embriagar consigo
ao banco dum bar segunda
do fingir que a cidade é fria às onze
Elis-Piaf extrema à vitrola no pulmão meu que resta
oitavas que nem Mado Robin se atreve
o divagar da existência devagar
garrafa vazia de alvo a bituca
testemunha do trânsito fluorescente
do céu incandescente
de pernas deliberantes
das dores dos cotovelos dos vizinhos de boemia
que se inebriam de sua voz em euforia-alaúde
sua beleza
sua liberdade
sua verdade
seu amor


Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?