14 de mar. de 2015

Clepsidra (ou O quando das horas)

Não digo que estou ao teu lado
porque estar é ponteiro de segundos
ou força pela qual areia cai.
Sou teu lado.
Ser lado teu me faz costela
de encaixe perfeito no abraço por trás
que guarda teu coração.
Só ao lado teu sou o porquê do relógio
ou a ampulheta dos fatos.
O olhar vago do ontem
e o se do pós-próxima aurora.
A progressão desgeométrica
dos minutos anárquicos
sem medidas lá:
teu lado.
Eu sou aqui
ainda que não todo dia;
mas sempre.


Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?