Vai
tomar no cu,
poetinha
de merda,
que
rima amor com dor
sem
ao menos conhecê-los.
Vivenciar
é preciso – sim! –,
pois
viver é precioso,
necessário
e trabalhoso
e
tão somente diante disso
não
se finge por completo.
Amor
e dor se compreendem
nem
que seja em testemunho,
nem
que seja em testamento,
nem
que seja a contragosto,
nem
que seja à contradança
dessa
tua vida de merda,
poetinha
só aos outros
tão
à merda quanto tu:
poetinha
para os inhos.
Vai
tomar no cu
e
vê se tira então daí
prazer,
mesmice ou agonia
pelos
quais a ti se possa
enfim
bradar “eis um poeta”.
Não
te engulo, poetinha,
até
louvares todo o cru,
até
cantares todo o mal,
até
sangrares todo o bem
pelos
teus poros ilesos
que
perfazem o arredor.
Vai
à merda, poetinha,
e
saibas que um dia ainda
eu
te compro como o adubo
dos
antúrios da tua cova.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?