Quem
é você para ter juízo
mais
valoroso que o caráter?
O
que vai ser quando a beleza acabar?
Quando
o que importar for a utilidade
de
cada um pelo bem maior?
O
que você fará com seus potes de reboco, Helena?
Você
só é de mármore porque assim te moldam.
E
eu tenho nojo dos que te alimentam.
Eles
não são cegos.
Cegos
compram óculos escuros e briga por direitos.
Os que te adoram são tolos.
Os que te adoram são tolos.
Os
que te idolatram são feios
— não a gorda sem roupas caras;
não
o cafuçu narigudo;
não
a velha que saúda suas rugas;
não
o crespo com dentes tortos;
não
o estrábico desengonçado.
Eles
não.
Esses
são os de carne.
Você
é a borboleta que amassa outros casulos.
Cuidado, Helena:
mesmo
o pavão perde a pena.
Mergulhão
Nenhum comentário:
Postar um comentário
– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?