27 de ago. de 2014

Panapaná-cardume (ou Sobrenaturalidade)

Tu que cozes meu amor
à marinada,
sabes bem que nada sou
sem ti, menina.
Como orquídea azul me enfeitas
a varanda
que meu coração  teu feudo 
há mui circunda.
Posso ser piegas, abissal clichê;
mas só quando não te tenho o nada sobra:
nada-soul,
a nada vou,
em nada voo;
nado a dor
a lufadas de panapaná-cardume de peixinho-borboleta
que sem fôlego mergulha céu a mar.
Que não sobre nada, pois,
de nosso amor
quando nós formos depois
alimentar
o rito da vontade mutual de
(sobraçados
sobre estrelas supernovas)
sobre o peito um do outro parolar
sobretudo
sobre nada em
sobrenaturalidade
 sobremesa para a vida confeitar.


Mergulhão;
para Genniffer Moreira.

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?