Desliga
essa tevê.
As
séries são as mesmas: muda-se apenas o mudo rosto branco bonitinho.
Veste
tua skinny preta e a regata que deixa
à mostra cada estêncil nos teus braços magros.
Posta
que será o último nascer do sol sob o qual amor faremos.
Aposta
que o amanhã talvez não mais acorde com tal nome.
Já
temos fissuras por dentro, meu caro.
Finos
como a lágrima difícil que alcança o queixo.
Tu
sabes que o agora vale mais do que a espera, que atrasa ― eu falei.
Pega
o Opala.
Tira
esse grunge e põe Floyd.
Vamos
bater nalguns muros hoje à noite.
No
canto roubamos Marlboro e Bacardi.
Por
que preservar nossos corpos se somos de estrelas só pó?
Toda
vida é um contrato que se quebra unilateralmente.
Fica
ao meu lado e eu te minto que não haverá falta a sentir.
Deixa
as lembranças a quem insiste em ficar. E a sujeira. E os boletos.
Renega
imortalidades; a agonia do titã é para sempre estar sozinho.
Toma
o desejo do voo e vai reto.
Lembra
que teu pai nos disse “you’re so sad...”
e morreu?
Era
sadistic; eu creio.
Façamos
então sua vontade.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?