incolor,
pois
entretons muito somos:
o
verde que tu poluis
é
o mesmo qu’em teus pulmões;
o
negro que tu abnegas
luziu
no olhar de tua mãe;
o
branco que tu desdenhas
satura
os ossos de todos.
Pena
de ti,
incolor,
que
não pincelas nem prismas,
não
comoves ou temperas,
que
mal espectra humano
e
como um anarco-íris
teimas
anular anil,
violentar
violetas,
calar
o jazz e o blues,
cortar
laranja no pé;
coagular
os vermelhos
dos
cachos de Mary e Kika,
do
botão da jeans florida,
de
quando o sol já boceja.
Sai
do teu quartzo
incolor;
respira
o mundo à varanda
para
que tu possas outro
— cuja paleta é sem cor —
arcoirizificar.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?