Livro de Meu Eu (ou M’Eu
evangelho). Capítulo 1: A criação de Meu Eu. 1 A produção textual é a
transcrição fictícia proveniente da observação do mundo físico 2 e de
todos os outros mundos fictícios que o mundo físico cria. 3 É fictícia
a transcrição porque nunca se descreverá com totalidade a observação do mundo
físico 4 porque aquele que se propõe ser produtor textual não será
nem estará observador de todo o seu mundo físico 5 por causa de sua
efemeridade diante do tempo e da falta de meios atrelados a este seu tempo 6
para que o observador possa, então, produzir, da observação, texto que reflita
a totalidade de seu mundo físico. 7 Assim, a sua efemeridade diante
do tempo e a falta de meios atrelados ao tempo 8 provocam
coercitivamente, àquele que se propõe ser produtor textual, a necessidade de selecionar
o que lhe é conveniente, para que o observador possa, então, produzir texto. 9
Produção textual, esta, que, na verdade, será transcrição, pois. 10 O
que torna o observador do mundo físico, na realidade, transcritor; 11
não escritor. 12 Transcritor por seleção coercitiva condicionada ao
observador que se propõe ser produtor textual. 13 Não que tal
transcrição, sob juízo de valor, seja incompleta 14 – incompleta ou quaisquer
classificações afins à incompletude e/ou dela derivadas. 15 Na realidade,
é a única forma de se produzir texto quando se é condicionado a sua efemeridade
diante do tempo e da falta de meios atrelados a este tempo. 16 Então
diz-se produção textual apenas pela macrovisão deste processo 17 para
se evitar juízo de valor proveniente do detrimento e do privilégio por sua vez provenientes
do juízo de valor proveniente da proposta de paralelo aos atos escrever versus transcrever
18 – e/ou descrever versus transcrever e/ou escrever versus descrever
e quaisquer outros atos resultantes da observação do mundo físico – 19
que sejam propostos à atividade da produção textual. 20 Sob a
perspectiva da observação, 21 cabe dizer que, caso o seu mundo físico
crie mundo fictício, o produtor textual será subtranscritor. 22 Sob
a perspectiva de sua efemeridade diante do tempo, 23 cabe dizer que o
produtor textual é um provisório transcritor de seu mundo físico. 24
Sob a perspectiva da falta de meios seus atrelados a sua efemeridade diante do
tempo, 25 cabe dizer que o produtor textual é um parcial transcritor
de seu mundo físico. 26 Aquele que se propõe ser produtor textual é
um transcritor observador subalterno, 27 provisório 28 e
parcial de seu mundo físico. 29 Aquele que se propõe ser produtor
textual de mundo fictício é transcritor observador mais subalterno que o
transcritor observador do mundo físico 30 – é, também, não
provisório e não parcial enquanto o seu mundo físico criar mundo fictício. 31
Como todo mundo fictício depende de criação que o mundo físico cause, 32
cabe ao subtranscritor ser, antes, transcritor 33 enquanto lhe for
possível ser observador subalterno, 34 provisório 35 e
parcial de seu mundo físico. 36 E faz-se a luz.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?