22 de ago. de 2013

Pinga, querida

E quando te inundar sede-desejo do deságue:
pinga, querida.
Não te derrames desvario como Amazonas
de foz selvagem em pororoca mui barrenta.
Aporta no poeta
a pedir paz aos passarinhos:
quando fluir o desemboque de tentar ser-me afluente,
pinga, querida.
Não oceanes nesse mangue
de meu marginal amor.
Pinga gota e gota
do teu mel de-va-ga-ri-nho,
que a vida é rio que corre leve
e, quanto mais leve, mais linda.

Mergulhão

Nenhum comentário:

Postar um comentário

– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?