5 de dez. de 2012

Recomeço

Chega de pensar na perda:
eu quero ombros, um afago lento,
toda a hora que por medo foi perdida.

Chega de falar de choro:
não quero pranto, súplicas, tormento,
não quero ser fraco ou poço em mau agouro.

Chega de gostar de dor:
eu quero brisas, cabelos ao vento,
fortes esperanças de um novo amor.

Chega de colher angústia:
sonho com doce melodia em canto
tão reconforte que só dê alegria.

Chega de ficar sozinho:
eu quero flores, nuvens, serenatas,
minha Lua em prata sobre meu caminho.

Chega de esperar por nada:
desejo risos, sonetos, sonatas,
chocolate quente em noite então gelada.

Chega de vãs utopias:
quero certeza de novas conquistas,
entender o crível com mil fantasias.

Chega de morrer aos poucos:
a vida é bela e dizem os sofistas
que viver morrendo é coisa para loucos.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?