10 de dez. de 2012

Tu

Quero nadar no teu sangue cristo.
Sou desses de álcool.
Sangue fino tinto suave.
Nada mais que um afogar.
Guardar teu perdão rubro no peito.
No pulmão que sobra.
O direito.
O anárquico embora foi e furtou coração.
Nunca precisei.
Só me custou remédio.
Estômago ruge porque não te como.
Sim, tu morreste e arranjei teu pedido.
Enrolei-te em seda e traguei tuas cinzas num dia nublado.
Tocava Malina.
A de Beethoven.
Mas meu ser invejou Maria.
Aquela nas rochas.
Onde ansiei causar trauma à cabeça.
Minha ou tua.
Tanto faz: eu não ligo.
Não mais.
Nem telegrama.
Nunca te tive?
Mentira, caralho.
Honra os ovos ao menos.
Ou faz deles drinques.
Sou desses de álcool.
Lembra.

Mergulhão

Nenhum comentário:

Postar um comentário

– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?