10 de dez. de 2012

Só fode

E quando quiser apenas consumo,
foda-me, amor.
Não caia em mim;
eu não presto:
trepo fácil no muro da moral,
só sirvo nu,
mesmo no carro ou na pista a ferver.
Não se lance em romance,
mal ouse o platônico.
Foda-se! “Amor”?!
À merda: uso e reciclo.
“Amor” mesmo?!
Não quero rir; só gozar.
Em ti.
Litros.
Luas.
Sachês.
Pregas.
Que se rompam todas as fibras da insanidade.
Não seja tolo a morrer de amores
nem invente menu de cardíacas dores.
Senão não sou chulo, não chupo e te chuto sem volta.
Somente me tome
por braços e pernas em laços, amassos,
em matos, tabernas.
E me preencha.
Sim, repito: preencha.
Seja rude e bem grosso
 tem de ser grosso comigo;
eu não sei ter termo e juízo.
Se for foda mesmo, apenas me foda, amor.
Afinal, para que contos de fada se se pode contar foda?
Fodâmo-nos.
Depois fecha a porta.
Tá?

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?