7 de jan. de 2013

Ao andarilho errante

Enquanto vivo, desvende mil mares;
não somente como tolo ancore
em corações de mera onda em dores.
O porquê, meu bem, cê bem já sabe:
para que, quando para um porto for,
que seja em pleno litoral de cores.
Galope em nuvens e sem rédea voe;
construa torres e de lá se lance.
Abra suas asas, sim, todas as seis;
sem medo jogue-se: planar cê sabe!
Até o dia em que a raiz se teça
e então decida em fértil solo estar.
Invada adegas ou beba de maltes,
não de barril de torpe e vil cicuta.
Seja boêmio sem modéstia em vão,
porém ciente de que existe fonte
a doar água que cê tanto busca
nessa jornada de sede de amor.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?