14 de jan. de 2013

Eu sou o poeta

Eu tenho a força destrutiva em mim.
Forcei meu parto ao partir minha mãe.
Por isso então voo de calha em calha,
lapido conto que a pena valha,
ensaio canto que sangre goela.
Sozinho apenas sei superviver.
Lanço-me ao fato  sorte é para o fraco
que mal distingue em qual sopro fluir.
Eu sou a lei de um clã titã só eu.
Declino verbos-carne e mortais homens,
tombo romanos idiotas deuses
e fundo democracias por rir.
Eu tenho a força construtiva em mim.
Descarto o fútil à la inutilia truncat
e enterro o mero que insiste existir.
De que ainda repetir comuns
e ser do poviléu apenas outro?
Só quem goza assim é o muito pouco
que não entende de poder e o quer.
Eu sou o poeta
e tenho a vida aberta;
mantenho o que tu chamas “alma” alerta:
cultivo a força criativa em mim.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?