que
não tremula porque de sopro não necessita;
basta
fôlego em pulmões dispostos a só correr.
Flâmula
que por holofotes não se enverga
como
mariposa tola em candeeiro de varanda;
resta
a luz dos astros sob o firmamento-registro
e
testemunho de memória-infinito em expansão.
Estandarte
que é o maior de todos na ideologia,
mesmo
que mero elétron a estatísticas de Estado.
Ainda
assim bandeira em puro linho e nobre seda;
eia!,
compromisso e fé os quais motivam pavilhão!
Feliz
da humanidade que agradeça não saber
onde
se fundamentam lábaros nunca visíveis.
E
para todos os outros tantos felizmentes,
a
essência do invisível é assim permanecer.
Pois
antes do ser gay ou não-gay se descobrir,
antes
do ser negro ou em tons descolorir,
antes
do ser filho por criar ou do parir,
antes
do ter Cristo ou em deuses investir,
antes
de vaginas e buracos consumir,
antes
do estar rico ou por dinheiro ferir
―
plenitude só reside em simplesmente humano ser.
Porque
a visibilidade do homem é corriqueira.
Opaca;
no máximo forçado, translúcida.
Pois
os homens têm a alma como olhos de ciganas
errantes,
insatisfeitas, oblíquas, dissimuladas.
Isso
quando admitem-se, claro, que a possuem.
O
homem visível é ator doado ao social
pois
assim nunca se morre já que é assim que mata;
sem
perceber que suicida então, também, por fim,
se
não por estrelato, por hiperatividade
de
cegueira voluntária por ter visibilidade.
De Mergulhão,
para Menezes e Paraense.
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?