16 de abr. de 2013

Abre teu olho e me segue

Vem sequestrar o moralismo de ensaios de hipocrisia
disfarçados de alvos templos de deuses do homem falho
e de histeria batizada como família sagrada
para exigir em resgate o resgate do bom sentido.
Vamos pichar os distritos federais, vis e restritos
com o sangue entornado pelo proletariado
e lavar cartas de leis com o suor de pais e filhos
cuja rotina é a curra por rijos punhos do Estado.
Vamos calar louvor ao ouro de vã e tola garganta
e fazê-la engolir que nada disso se precisa para existir sob o sol:
precisão real de fato é ser exato no dom não mais que humano de ser útil.
Abre teu olho e me segue, pois em conluio é possível
fazer da história um moinho apenas de pás que inundem
solos com sede de ordens que enfim provoquem progresso.
Eu não pergunto ou impero;
só te convoco e condeno a sobreviver consciente e
coletivamente pelo que somente apraz.
Se isso for crime, prendam-nos caso ainda assim sobre cova.
Se isso for crime, não o chame perfeito, justo, digno ou belo:
espera vaga em abstrato não perfaz mundo concreto.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?