1 de abr. de 2013

Amar errado cansa

Sempre se soube: amar errado cansa;
tolhe criança que só quer brincar;
tola crendice de fútil esperança;
é um afogar-se em raso e morto mar.

Portanto é fim e agora tudo passa.
Não há motivo para ser vivente.
A dor te faz não mais senhor, mas caça:
resta entregar-se ao tiro tão somente.

Quando se perde o seu porto-seguro,
quando o que sobra é domínio escuro,
abrem-se os olhos da compreensão:

Eros, eu hoje tenho escudo e juro
que teus mui vis dardos do amar-futuro
minh’alma ingênua não mais cegarão.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?