4 de abr. de 2013

Putos

Desliga e vem;
sem camisa, só desejo.
Há tempos a varanda enluarada nos conhece
e, assim, merece nós dois ali;
então, bem meu, perece
somente em mim.

Não negues tão belo ofício que é regar
semente em mim.

Rouba dos gatos, amantes pardos,
gemidos longos da muda noite.
Deixa a barba;
sabes que gosto quando arranha;
teu peito 
 idem  meu viril ninho.
Toma-me forte de uma só vez
e engole tudo.
Sela-me o lombo, meu cavaleiro;
mãos à cintura e cavalguemos.
Sua, te ordeno, posto que és meu.
Usa tua língua: fala uns caralhos;
permito, sim, que muito me sujes.
Apenas sê, não estejas,

doce homem grosso
e fico teu,
finjo ser teu,
brinquedo teu,

meu puto.

Mergulhão

2 comentários:

  1. Uma mistura de estímulos. Parabéns, Rod. Bem diferente do que estou acostumado a ler teu. ^^

    ResponderExcluir

– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?