Há
muito procuro um amor que caiba em mim.
Todos
com os quais colido são enormes.
Soberbos
porque sobram.
Oceanamente
cheios de si sem dó.
Escorrem
pelos cantos de meu mudo coração redondo.
Poucos
gostam de mostarda.
Insensíveis
que não se permitem o queimar da língua.
Quando
Cupido acerta, a seta transpassa.
Perfura
o corpo sem flechar a alma.
Então
dizem que amam sem querer se germinar.
Eu
sou um grão de mostarda.
Prefiro
ser pequeno a estar orbe grande oco.
Semeio
amor devagarinho pra que dure outra estação.
Por
que vaso gigantesco se o amor floresce em gotas?
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?