17 de dez. de 2013

Mia Dama

Mia bela Dona
põe-se a me pisar.
Que faço eu agora
sem mia Senhora
saber que é a madona
que vivo a amar?

Mia doce Alma
não olha p’ra mim.
Que faço eu agora
sem mia Senhora
ouvir esta clama
sem não e sem sim?

Já montei cavalo;
no punho há espada.
Mas mia Senhora
não me quer agora.
E fico vassalo
da vã dor do nada.

De seu palacete,
canto versos meus.
Mas mia Senhora
não me quer agora.
Nem ramalhete,
rosa em camafeus.

Mia pura Moça
esquece que vivo.
Que faço eu agora
sem mia Senhora
fazer qu’eu não possa
ser fiel escravo?

Por mais qu’essa luta
não passe mui disto,
mia jovem Senhora,
um dia, a sua hora,
retira-me a coita
pela qual existo.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?