o
anverso tatuado por tua letra.
Abracei
tua camisa brega
já
bêbada por tanto perfume teu
que
lá entorno para o vidro não murchar.
O
disco ficou rouco.
Jamais
guardei a outra taça.
Duas
escovas ainda se namoram à pia.
Imprimo
a mesma foto
toda
sexta às três da noite;
não
há mais parede-porta-retrato.
Teu
sapato esquerdo jaz imóvel no tapete;
o
direito escapou pela janela
no
dia em que explodi falsetes.
Faço
aquela broa rotineiramente,
aquela
do teu gosto com café
— e olha que eu nem como broa, sabia?
Sabia,
claro: sou transparente.
Ao
menos o fui até pintar-me opaco
ao
te ver partir-se em mil buracos
quando
voaste porta afora mundo adentro.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?