Sou caco e de cacos vivo:
caco teu e caco meu
ao léu.
E quando penso em
ti não sangro.
Gangreno.
Sou feno de
faísca tua
e tu nos pões
ainda em tenra chama?
Então queima,
flama insana,
queima.
queima.
Dá-me o lume, não
me atira à lama;
deixa eterna labareda
em nós.
Vim do grão por
onde teu véu passa,
da areia em que
se tece o vidro,
vidro frio que ao
beijar teu chão
faz-se nuvem de
pó diamantino
dos amantes que
um dia fomos
e hoje apenas uns
mil cacos somos.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?