13 de nov. de 2012

Do peso do medo do amor

Qual é o real peso de um "eu te amo"?
Será que tu não vês que eu o pondero?
E te torno substantivo sobrecomum
para perpetuar o jogo do dito impossível?
E não caibo no infinito quando te toco,
não espero mais nada que tua voz de baixo
cantando-me um pesado "eu te amo"?
E aturo tua graça na espera que o revide
enfim te faça cair não noutro que em mim?
Para quê lados opostos se te explodo em gozo
ao simples sopro e afago nada errante?
Porque "teu corpo é meu espelho e em ti navego"?
Então feche os olhos pro alheio e viva.
Viva-me. Viva em mim  que é eterno.
Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?