Dos amores, os proibidos;
dos venenos, o amargo mais lento;
das juras, as soltas ao vento;
do pudor ao caos da libido.
Não sei ver por que tanto me inflama
o desespero pela carne tua
despida e em vão entregue à Lua
— o que me cega a atiça a chama.
Feliz daquele que muito te teve,
pois o céu perpassou num instante.
Eu, mesmo te tendo distante,
explodo em gozo, ainda que breve.
Quero ao fim de uma tarde âmbar
penetrar-te a alma em fervura;
corpos virgens, vontade madura
de se encerrar no inferno que é amar.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?