13 de nov. de 2012

Pouco demais

Deixe aberta a porta ao sair,
para que, com sorte, possa outro entrar;
e leve junto lágrima e dor últimas:
delas precisar não posso mais.

Não pedirei  Esqueça o vivido!
É tolice renegar, não dar à chama
que durou o merecido aplauso,
por mais que nem um som agora faça.

Por que sempre temo e ocorre
quando era para não?
Então é outra vez que levam
pedaços meus, pouco de mim.

Ruim é ver que há pouco demais
por todos os cantos perdidos;
até mesmo dos desconhecidos
caem farelos outrora meus.

Mas consolo é admitir que
igualmente tenho uns tantos poucos
restos meus e dos que se foram,
poucos que uso para selar buraco.

Mergulhão

Nenhum comentário:

Postar um comentário

– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?