28 de nov. de 2012

Minhas passadas mulheres-ditongo

Da sapiência de Tzara eu ainda sofria;
mais forte era a não cessante agonia
do fim há pouco latente,
agora ocorrido delírio demente,
do abandonar que me causou Sofia.

Como posso perecer na falta de porfia,
nesse empecilho mental que angustia
e me torna tísico, doente,
muito insana e irreversivelmente
preso à ausência de Ana Lia?

Então me encarcera vivo a carência
do que um dia me foi Amália,
quem me deu amor pujante
e intensa crença no presente
hoje total, de mim mesmo, insuficiência.

Por quê, pergunto (se ela sabia!),
por que brincou assim Rosamaria?!
Cravou-me, o sangue quente,
estaca em brasa em prata ardente,
traição a qual não merecia...

Destruído coração que outrora batia,
moído por Tânia, Sônia, Vânia e Núbia,
nem direito hoje em dia bate,
mal pulsa, responde ou vê-se contente:
tem a vida agora por mera utopia.

Esqueça-me, Antônia! Morra, Marília!
Definhem todas sem graça e alegria,
pois se de tudo estou desistente,
culpa de vós!, que impiedosamente
fizeram-me dar até o que eu não podia.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?