Na penumbra, o barulho do vento.
Depois de tanto, escrevo por tua chegada.
Para quebrar o bloqueio do pensamento
a pena arranha a escrever nada.
O pequeno bulício mundano de fora
faz-se grato e fiel companheiro.
Espera comigo somente a hora
em que eu possa me dar e te ter por inteiro.
Mas a demora é latente e o lamento
fica mais forte e em mim faz morada.
Meu ínterim todo sangra — não aguento...
A lágrima escorre no rosto calada.
A confirmação de que fostes embora
e a destruição do que foi verdadeiro,
levaram a essência belíssima outrora,
mataram quem te amou por primeiro.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?