pairar em desmovimentos, largar uniformes.
Preciso
é navegar à deriva.
Cobiço
mesmo cruzar a Paulista,
nu,
asas
abertas, órbitas errantes,
até
ser içado do nada,
num
horizontal flutuar.
Meu
corpo quer ser desvestido de todos os pelos;
e
porquês e por quem e por quanto.
Desejo
gritar sem motivo, só voz,
como
o rebento de um parto querido.
Pois
assim mais que gozo: eu rio,
maresio
e derivo afluente de mangues de vida.
Pois
assim mais que sou: eu crio,
brincando
de cura da aberta ferida.
Só
assim mais que faço
— renasço.
Mergulhão
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?