26 de nov. de 2012

Uma só asa

Abrace-me, anjo aleijado,
pois sua imagem eu bem sou:
anjo de uma só asa.
Foi Deus quem nos fez
meros anjos capengas
e em glória nos disse
que juntos apenas
alados nós somos
o suficiente
para voar.
Anjo não ama? Quem disse?
Não creia, meu caro; é tolice.
Não sinta medo
e nos tenha em demência de louco indiscreto,
segredo lacrado no papiro aberto
em que você e eu somos como um descritos.
Minha vida é um rumo coberto de piche
e somente ao seu lado ela fica arco-íris
e então plenitude se põe a fluir.
Abrace-me, anjo aleijado;
não nos deixe cair.

Mergulhão

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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?