e nada mais.
Meu peito frágil chora canções de ninar,
já que à garganta me rasga o coração.
Então me faço concha de mim mesmo,
reassumo o feto que há vidas fui
e tanto me contorço que viro noz
e nada mais.
Arranho-me os braços sem mãos,
derramo-me artérias em pó
e a dor me conforta
ainda que evitável,
pois assim mereço
e nada mais
completa agora o que devo ser.
Se ao menos eu regozasse
nosso átimo de dois
em nó
de nós
e nada mais...
Porém, titã, eu sobrevivo:
ao menos hoje vai passar.
Nada mais.
de Mergulhão
para Robson Maciel
para Robson Maciel
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– – – – – – – – – – – – – – – – – – o que viu nessa estrada?